Perdemos a batalha, mas não a guerra

O jogo foi marcado com muitas disputas de bola. (Foto: Agência BBS)

Ontem, o Fortaleza perdeu para o Brasil de Pelotas pelo placar de 1 a 0, com o gol do meia Cléverson, no Estádio Bento Freitas, pelo jogo de ida das quartas de finais da Série C. Agora, o Tricolor vai ter que reverter o placar no próximo sábado, na Arena Castelão, às 16 horas, com dois ou mais gols de diferença para conquistar a vaga na Série B.

Com o estádio lotado e o Leão sentindo a pressão da torcida Xavante, o jogo foi bem nervoso nos primeiros minutos. As duas equipes estavam bem expostas e com o anseio de abrir o marcador. A primeira oportunidade de gol saiu aos 19 minutos em uma cobrança de falta cruzada perigosa feita pelo lateral-esquerdo Xaro e o zagueiro Teco subiu sozinho para cabecear forte e colocar para fora.

O Leão foi para cima, tentou equilibrar a partida com duas jogadas bem trabalhadas, uma pela direita e outra pela esquerda. Na primeira, Lucio Maranhão ajeitou para Tinga chutar na pequena área, mas a bola quicou e o lateral a mandou bem acima do gol de Martini. Já na segunda, Maranhão tocou para Everton chutar, mas o goleiro do Xavante chegou primeiro no lance e fez a defesa.

No final do primeiro tempo, o Fortaleza estava melhor em campo, mas foi só o Brasil cobrar o escanteio, Nena dar um leve toque de cabeça na bola e sobrar para Cléverson marcar o único gol da partida, que a torcida do Xavante fez a festa e acabar com o bom momento do tricolor.

A infelicidade do lance ficou para o lateral-esquerdo Radar, que estava perto do meia, mas não o marcou, deixando sozinho para abrir o placar.

No segundo tempo, via-se um Fortaleza irreconhecível, lento nos contra-ataque, errando passes e só chegou três vezes no campo adversário. Estava difícil trabalhar a bola com chuva em um campo pesado e tentar furar o bloqueio forte da equipe adversária. A única alternativa era chutar de longe. Com isso, no final da segunda etapa, apenas Pio, que entrou no lugar de Everton, chutou forte de longe da área, mas sem perigo para Martini. Assim, terminando o jogo com o Xavante levando a vantagem para o próximo sábado.

E agora, o que fazer?

Chegou a hora de ser o 12º jogador em campo. Lotar o Castelão nunca foi difícil para a torcida Tricolor. Ao som de mais de 63 mil vozes apaixonadas, o Brasil de Pelotas vai sentir a pressão e o amor que cada torcedor tem dentro de si. Apoiar como se nunca tivesse apoiado e acreditar como se nunca tivesse acreditado vão ser as nossas armas para inibir todas as jogadas aéreas do Xavante, incentivar todos os contra-ataques do Leão, vibrar a cada defesa do Berna e ser confiante a cada chute dado. Chegou a hora do Fortaleza mostrar que ele é forte, quando joga diante da sua torcida. 

Mais de 60 mil torcedores fizeram uma linda festa com um magnifico mosaico no jogo de volta contra o Macaé, ano passado.

Nessa semana, Chamusca vai ter que trabalhar forte junto com os jogadores para reverter o placar. Buscar compreender onde errou e acertou no primeiro jogo, principalmente nas substituições. E no final de tudo, tentar colocar o Fortaleza no seu devido lugar.

“A nossa história vai ter um final feliz”

Thaís Pontes